Suzuki Inazuma 250, uma nova Bicinlidrada pode chegar ao Brasil
19:01
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Unknown
Com visual inspirado na B-King 1300, a Inazuma chega para brigar em um mercado concorrido.
Na esteira do sucesso das motos
da classe de 250 cilindradas, a Suzuki apresentou ao mercado no final
de 2011 a Inazuma 250, uma bicilíndrica com o visual da B-King 1300.
Logo o mercado a apelidou de BB-King – Baby King – , numa alusão à sua
irmã maior. Quando ela surgiu no Japão, os executivos da marca deixaram
claro que era uma moto para os mercados japonês e europeu. Naquele
momento, aquela moto chamava-se GW 250.
Não demorou muito e os mercados da Europa já experimentavam a (boa) novidade,
mas a representante e montadora da marca no Brasil – J.Toledo da
Amazônia – negava sua vinda para o país. Mas parecia óbvio – e continua
parecendo -que essa é uma moto que se encaixa muito bem neste nosso cada
vez mais concorrido mercado. Claro, a J.Toledo da Amazônia continua
negando, mas fontes do mercado não deixam dúvidas: a Baby King vem aí e
pode ser ainda no primeiro semestre.
Com esta moto a Suzuki entra exatamente onde a Kawasaki definitivamente mudou o mercado das motos de 250 cilindradas no Brasil.
O motor de dois cilindros da Ninja 250, com mais potência e torque foi
claramente bem aceito pelo mercado. Os comentários dos usuários das 250 e
300 de um cilindro que conseguiram passar para as de dois cilindros,
onde a Kasinski Comet GT 250 foi pioneira, mostram que boa parte de quem
compra uma 250 gostaria que ela tivesse dois cilindros. Ponto para a
Kasinski, para a Kawasaki e agora, para a Suzuki.
Mas a Suzuki mira um pouco ao lado da Kawasaki e ela não poderia deixar
passar essa oportunidade. A Inazuma 250 tem dois cilindros e 250
cilindradas, na configuração naked. Para um produto novo nessa categoria
a Kawasaki tem problemas para produção no Brasil, por particularidades
da Kawasaki com o programa de nacionalização (PPB), onde mais uma moto
com volumes de produção e venda no mesmo nível da Ninja 300 exigiria
investimentos que a “green” não está preparada para fazer. Uma Naked
300, estilo
ER6n, com a mecânica da Ninja 300 no Brasil está descartada, segundo
afirmações da própria marca. Mas o futuro vai dizer se a Suzuki vai
ficar sozinha mesmo nessa classe e por quanto tempo.
A moto parece uma mistura entre a GS500 e a B-King, a grande Naked da
Suzuki, variante da Hayabusa. O bloco ótico, juntamente com as
sinaleiras nas laterais lembram o desenho dela e o grande paralama
dianteiro dá o mesmo peso no visual da dianteira. As carcaças do motor
remetem à GS500 e na traseira, os dois escapamentos mostram que se trata mesmo de uma “twin”.
O estilo clássico dos grandes escapamentos das Suzuki também se
apresentam na Inazuma, o que tem sido criticado numa época onde se
procura concentrar as massas das motos posicionando o sistema de
exaustão sob o motor ou logo na frente da roda traseira, mais próximo do
centro de gravidade.
O motor dois cilindros também tem uma configuração conservadora. Comando
simples no cabeçote (SOHC) e diâmetro e curso do pistão numa relação
subquadrada. Onde o curso é mais longo que o diâmetro (diâmento: 53,5
curso: 55,2 mm), e a potência no modelo brasileiro não deve superar os
26cv, ficando no mesmo patamar da Honda CBR 250R inclusive no torque.
Vendo esses números e
considerando seu peso, na ordem de 180 kg dá para perceber quanto isso
vai lhe custar em termos de desempenho. Mas outras qualidades ela traz
para quem não vive apostando corridas nas ruas. Ela parece grande, como a
B-King. Bons detalhes de acabamento ela tem, como o painel de
instrumentos bem completo, com o grande tacômetro no centro, luzes espia
na esquerda e um display de cristal líquido na direita e no canto do
tacômetro ainda mostra inclusive qual das seis marchas está em uso.
Dirigibilidade, conforto, economia e atenção aos detalhes são os pontos
fortes. A posição de conduzir é natural e o guidão posiciona bem os
braços sem forçar os punhos. O assento é baixo (780 mm) e propicia
colocar os dois pés no chão para a maioria das pessoas. Para falar em
economia, nas medições da Suzuki inglesa ela promete fazer 36 km/litro.
De qualquer maneira, deve ser muito competitiva neste quesito e
preocupar a concorrência.
O bom acabamento se verifica em todas as peças. Pedaleiras em alumínio,
escapamento, parafusos e na sua estrutura, segue a linha tradicional com
um chassi de berço semi duplo, construído em tubos de aço.
A suspensão é ajustável na pré-carga da mola traseira e o conjunto se
mostra bem apropriado para grande conforto nas cidades e estradas
brasileiras. O chassi é simétrico e isso normalmente traz boas
qualidades em termos de resistência e estabilidade dimensional contra
flexões.
Tendo uma abordagem alternativa nas 250 bicilíndricas, a Inazuma deve
chegar ao Brasil e jogar um pouco de querosene na fogueira do mercado já
concorridíssimo das motos de quem sai da classe inicial e quer avançar
para uma moto maior. Se for considerada a classe, esta moto deve custar
algo próximo de R$16 mil. Mas isso vai depender da capacidade de
produção da fábrica e da movimentação da concorrência que, neste caso,
certamente já está se mexendo.
Especificações Técnicas
Tags: suzuki
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